'Eu odeio a vida. Estou exausta. Tenho vergonha que as outras crianças vejam [o braço amputado] e não queiram brincar comigo'

Dana, uma criança palestina, teve o braço amputado e irmãos assassinados por 'israel'. Solitária, ela relembra a vida antes do genocídio palestino.

Porto Alegre, 2020:

Manuela D'Ávila apresentava propostas de combate às enchentes, mas Sebastião Melo pagava um caminhão para espalhar fake news sobre a candidata

Votou com medo de 'comer carne de cachorro', elegeu quem deixou cachorros morrerem afogados

A tragédia climática em Porto Alegre ocorreu, resumidamente, assim:

- A candidatura de esquerda de Manuela Dávila tinha propostas consistentes contra as enchentes.

- A candidatura da direita de Sebastião Melo pregava estado mínimo e inventava fake news estúpidas contra Manuela.

Cubanos realizam uma marcha pelas ruas de Havana para celebrar a legalização do casamento entre pessoas do mesmo sexo. A medida foi instituída no país em setembro de 2022, após a aprovação de um referendo popular que contou com o apoio de 67% dos eleitores.

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Embora a Revolução Cubana tenha operado profundas transformações na organização política e nas relações sociais do país, problemas como a homofobia e o machismo permaneceram intocados ao longo dos anos 60.

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O tratamento dispensado à comunidade LGBT+ pelo governo revolucionário cubano é alvo de muitas críticas. Existem muitas narrativas anticomunistas difundidas por setores da direita que são inteiramente falsas — como os boatos sobre fuzilamentos de gays e lésbicas.

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Mas há críticas pertinentes e corretas à perseguição empreendida contra a comunidade LGBT nos anos iniciais do governo revolucionário. A afirmação de que centenas de homossexuais foram internados em centros de 'readequação comportamental' na década de 60 é verídica.

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Estima-se que cerca de 800 homossexuais foram internados nas chamadas Unidades Militares de Ajuda à Produção (UMAPs) — campos correcionais com uso de trabalho compulsório. Essas unidades operaram em Cuba durante três anos, entre 1965 e 1968.

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As UMAPs não eram voltadas especificamente para homossexuais. Elas abrigavam jovens em idade de ingressar no serviço militar que fossem acusados de possuir afiliações ou comportamentos 'contrarrevolucionários'. Cerca de 25.000 pessoas foram internadas nas unidades.

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Não obstante, os homossexuais internados eram submetidos a um processo de 'readequação comportamental', que incluía desde 'aconselhamento psicológico' até a 'reeducação de modos e posturas', visando aproximá-los dos padrões então considerados 'socialmente adequados'.

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As ações do governo cubano causam espanto e consternação hoje, mas passaram despercebidas nos anos 60. Isso porque, naquela época, quase todos os países capitalistas reprimiam a homossexualidade de forma ainda mais severa.

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A própria Organização Mundial da Saúde (OMS) só deixou de classificar a homossexualidade como uma doença em 1990. Até então, as relações entre pessoas do mesmo sexo eram criminalizadas na maioria das chamadas 'democracias liberais'.

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O governo dos Estados Unidos perseguiu duramente a comunidade LGBT durante o período chamado 'Terror Lilás'. Mais de 200 mil pessoas foram presas. Homossexuais eram registrados em listas públicas de 'pervertidos' e proibidos de atuar no serviço público.

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Entre as décadas de 1950 e 1970, vários estados dos Estados Unidos aprovaram o uso de castração química para punir homossexuais. Leis autorizando terapias de conversão, incluindo-se lobotomia e choques elétricos, também foram promulgadas.

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No Reino Unido, mais de 65.000 pessoas foram condenadas ou enviadas para a cadeia sob a acusação de 'sodomia'. Muitos foram submetidos a castigos hediondos, incluindo a castração química — caso notório de Alan Turing, um expoente da luta contra o nazismo.

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Nações europeias permitiram que leis de perseguição a homossexuais criadas por nazifascistas permanecessem em vigor até os anos 90. A França prendeu 60 mil pessoas com base numa lei do regime de Vichy de 1942 e a Alemanha prendeu 50 mil com base numa lei do Terceiro Reich.

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Em Cuba, a oposição de parte da sociedade às políticas repressivas levou o governo a fechar as UMAPs e a libertar os internos em 1968. Não obstante, diversas práticas discriminatórias seguiram em vigor, incluindo a proibição de homossexuais no serviço público.

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Nos anos 70, refletindo a atuação educacional dos movimentos sociais e a assimilação da 'revolução sexual' no Ocidente, iniciou-se em Cuba um processo gradual de maior tolerância em relação às pautas dos costumes.

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Em 1975, o Tribunal Supremo de Cuba condenou o governo cubano em um processo movido por um grupo de artistas gays que pediam indenização após serem demitidos do serviço público. O julgamento se tornou um marco legal, levando o governo cubano a reformular suas políticas.

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No mesmo ano, o governo cubano instalou uma comissão para discutir mudanças legais no campo da sexualidade. Em 1979, como consequência dessas discussões, Cuba se tornou um dos primeiros países do Caribe a descriminalizar as relações homossexuais.

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